quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Grupos usam tablets como instrumentos terapêuticos

Jogos como Flick Kick e Labyrinth são usados no setor de terapia ocupacional do Graacc, em São Paulo . 
Aplicativos estimulam a recuperação de pacientes com problemas motores 

Owen Cain, um garoto de Nova York que depende de aparelho respiratório e tem dificuldades motoras graves, não é capaz de manejar um mouse. No ano passado, seus pais descobriram na interface sensível a toque do iPad uma alternativa surpreendente a essa limitação.
Um vídeo sobre Owen Cain (nyti.ms/owencain) publicado no site do jornal "The New York Times" foi visto em São Paulo por funcionários do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer).
Desde janeiro deste ano, o instituto usa o iPad como instrumento terapêutico."Uma criança, por exemplo, que teve câncer no cérebro e perdeu parte dos movimentos de um lado do corpo pode ter esse lado estimulado pelo iPad", diz Walkyria Santos, terapeuta ocupacional do Graacc.Há resultados concretos.
A paciente Wyslla Santos Ferreira, 6 anos, usa um aplicativo para iPad com a ajuda de Patrícia Pecoraro, coordenadora da brinquedoteca do Graacc  
O paciente Gustavo Souza, 20 anos, tem forte limitação motora no lado esquerdo do corpo, especialmente na mão. Jogando o Flick Kick, game de chute a gol para iPad, ele passou a usar a mão esquerda com mais frequência."Com o jogo, foi possível trazer um pouco mais de movimento e, consequentemente, de sensibilidade para essa mão, que antes ficava parada o dia inteiro", afirma Walkyria.
"O lado com mais problema foi estimulado por meio da brincadeira."Jogos usados na terapia, como Labyrinth e Flight Control, são escolhidos com base nas necessidades dos pacientes. Levam-se em conta aspectos como a capacidade do jogo de estimular preensão, força e coordenação.
Nos EUA, várias escolas que têm crianças com necessidades especiais investem centenas de milhares de dólares em iPads, de acordo com reportagem recente do "USA Today".A reportagem cita o caso de Anthony Leuck, aluno de uma escola para crianças com necessidades especiais em Nova Jersey com dificuldade de fala e pouco controle sobre os músculos. 
Com o iPad, ele é capaz de tocar acordes musicais em um aplicativo que imita violão.Também em Nova Jersey, a rede pública da cidade de Marlboro passou a usar iPads com alunos autistas.

Fonte : Folha de S.Paulo

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