quinta-feira, 22 de setembro de 2011

LUTA, INDEPENDÊNCIA E TRABALHO

Hoje, 21/09, é o dia nacional da luta das pessoas com deficiência. Entrevistei o Prof. Gelson Inácio dos Santos, supervisor de Braille do SENAI-ITU, cego desde o nascimento. Coloca que a maior tarefa é dar condições de independência que é o caminho para o trabalho (a independência maior).
FAMILIA – Indica que todos os pais, após a constatação da dificuldade visual de seu filho, busquem com rapidez instituição especializada (em Americana o CPC). Um bebê constrói a percepção própria e do mundo que o cerca quando se movimenta. Com dificuldades visuais fica o som como estímulo, sem o auxílio da visão para perceber e registrar a imagem do que acontece. Fica impossível a imitação. Esta criança precisa de ajuda física para engatinhar, andar, subir, pular. Precisará também de treino para atividades rotineiras de seu dia-a-dia. E os pais de orientação técnica para o estímulo e apoio psicológico para reorganizar os seus sonhos para este filho. Quanto mais intenso e rápido este trabalho, menos custos de desenvolvimento e emocionais. E o mais brevemente possível deve ser treinada em Braille (uma etapa da inclusão completa), e se um dos pais puder aprender junto melhor ainda.  Depois é mostrar à sociedade que este também é um filho muito querido, muito bem cuidado e com condições de se tornar adulto pleno e produtivo.
ESCOLA – Precisa incluir e respeitar esta criança, além de receber apoio técnico especial com adultos instrutores conhecedores das particularidades desta deficiência, além do apoio em parte do dia de ensino especializado para crianças com deficiência visual. O conhecimento de Braille e sua máquina portátil permitirão que anote o que precisar de suas aulas, continuando com o apoio técnico da instituição especializada
TRABALHO – Precisará oportunidades de locomoção (piso podotátil, sinalização em Braille do percurso para corrimões, escadas, elevadores), e ao usar o computador programas especiais capazes de ler em voz alta o que está escrito na tela, além da equipe devidamente preparada para somar o trabalho desta pessoa ao trabalho do grupo, que poderá ter agradável surpresa com sua produtividade.
SAÚDE – Acompanhamento médico de toda gravidez e parto,   exame do olhinho para o rescém-nascido (rastreando cataratas, retinoblastomas),  visitas regulares ao pediatra, e oftalmologista, se necessário.
AMIGOS – Serão o acesso à sociabilidade, cultura, lazer e apoio em momentos difíceis, além da família.
PAÍS – Precisa aumentar a empregabilidade com atenção especial a esta deficiência, dos novos empregos gerados (RAIS 2010), somente 5.79% das vagas foram preenchidos por estas pessoas.

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