sexta-feira, 4 de novembro de 2011

SAÚDE E DEFICIÊNCIA


A Organização Mundial da Saúde divulgou este ano conclusões de grande levantamento das condições de saúde das pessoas com deficiência feita em vários países associados a este órgão. Neste artigo estamos procurando colocar alguns fatos e necessidades ali colocados, merecedores de maior divulgação e esclarecimento para todos, quanto a cuidados gerais, reabilitação, assistência e suporte da pessoa com deficiência.
Pessoas com deficiência apresentam níveis de saúde piores que os da média populacional, a atenção médica deve ser mais abrangente e profunda, pois apresentam mais condições adversas secundárias (como depressão e osteoporose) e desenvolvem precocemente pressão alta, doenças cardiovasculares e diabetes.
São mais vulneráveis à violência social, tem de duas a três vezes mais chance de vivenciar acidentes, tem menos acesso a cuidados preventivos de saúde (inclusive a bucal), com conseqüente expectativa de vida menor.
São mais excluídos dos programas educativos sexuais e de prevenção quanto à HIV e AIDS, por preconceito nosso ou dificuldades dos meios de comunicação de promover campanhas educativas adequadas às diferentes deficiências (como as visuais e auditivas). Também desconhecem o direito ao serviço de saúde mental (incluindo-se medicação).
Quanto à equipe de atendimento, a OMS coloca a necessidade de formação ampliada e mais detalhada a respeito de todas as deficiências, em todos os níveis de atendimento (médicos, técnicos, enfermeiros), propondo planos de carreira positivos, com possibilidade contínua de capacitação, e disponibilidade emocional para envolvimento  , atuando em amplo plano nacional de reabilitação da pessoa com deficiência.
A OMS pede ainda mais atenção de todos para com a figura do cuidador, muitas vezes o parceiro constante da pessoa com deficiência, com a própria vida muito limitada por esta exigente tarefa. Ele precisa de repouso regular, suporte financeiro, informações sôbre serviços disponíveis para esta deficiência e oportunidade de troca de experiências com outros cuidadores.
Finalmente pede que sempre sejam consultadas as pessoas com deficiência sobre a adequação, efetividade e facilidade de acesso aos serviços a ela destinados. São os melhores avaliadores, e muitos podem ser treinados para monitorar a própria saúde.
Resumindo tudo: precisamos nos lembrar que as pessoas com deficiência não tem necessidades especiais, e sim direitos humanos. A questão não é de generosidade, e sim de igualdade. Igualdade de oportunidades para diferentes condições.
‘”A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos.” – Hannah Arendt.

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