quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

QUA, 24 DE DEZEMBRO DE 2014 02:07      ACESSOS: 318
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Foto: DailyMailPesquisadores da Califórnia têm feito grandes avanços em restaurar memórias.

Eles dizem que o novo trabalho poderá levar a uma esperança para os pacientes nos estágios iniciais da doença de Alzheimer.
Durante décadas, a maioria dos neurocientistas acreditava que as memórias são armazenadas nas sinapses - as conexões entre as células cerebrais, ou neurônios - que são destruídas pela doença de Alzheimer. 
O novo estudo mostra que 'memória de longo prazo não é armazenada na sinapse ", disse David Glanzman, autor sênior do estudo e professor de biologia e da fisiologia e de neurobiologia. 
"Essa é uma idéia radical, mas é aí que a evidência leva. O sistema nervoso parece ser capaz de regenerar conexões sinápticas perdidas.
Se você pode restaurar as conexões sinápticas, a memória vai voltar. Não vai ser fácil, mas eu acredito que é possível. "
Os resultados foram publicados recentemente na eLife, revista conceituada de ciências.

Alzheimer

Glanzman disse que a pesquisa poderia ter implicações significativas para as pessoas com doença de Alzheimer.
Especificamente porque a doença é conhecida por destruir as sinapses no cérebro não significa que as memórias são destruídas.
"Enquanto os neurônios ainda estão vivos, a memória ainda estará lá, o que significa que você pode ser capaz de recuperar algumas das memórias perdidas nas fases iniciais da doença de Alzheimer", disse ele.
Glanzman acrescentou que, nos estágios mais avançados da doença, os neurônios morrem, o que provavelmente significa que as memórias não podem ser recuperadas.

Caracol
A equipe de pesquisa de Glanzman estuda um tipo de caracol marinho, chamado Aplysia, para compreender a aprendizagem e a memória do animal. 
O Aplysia exibe uma resposta defensiva para se proteger de perigos potenciais, e os pesquisadores estão especialmente interessados em seu reflexo e os neurônios sensoriais e motores que produzem.
Eles reforçam o reflexo do caracol, dando-lhe vários choques elétricos leves em sua cauda. O reforço dura dias depois de uma série de choques elétricos, o que indica a memória de longo prazo do caracol. 
Glanzman explicou que o choque faz com que o hormônio serotonina seja lançado no sistema nervoso central do caracol.Isto implica que as conexões sinápticas que foram perdidas foram aparentemente restauradas.
"Isso sugere que a memória não está nas sinapses, mas em outro lugar", disse Glanzman. 
A memória de longo prazo é uma função do crescimento de novas conexões sinápticas causados pela serotonina, disse Glanzman, membro do Instituto de Pesquisa do Cérebro da UCLA. 

Com informações do Daily Mail

Brasileiros estão consumindo altas doses de agrotóxicos nos alimentos

Especialista alerta que pimentão, morango e batata são culturas que apresentam níveis elevados de contaminação.
A reportagem é de Juliana Maya e Roberta Timponi, publicada por EcoDebate, 01-12-2014.
Tarde Nacional entrevista Márcio Menezes, coordenador da Rede Maniva de Agroecologia do Amazonas (Rema), instituição que divulga e promove o plantio sem o uso de agrotóxicos.
O programa Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.
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NOTÍCIAS » Notícias

Iniciativas evitam o desperdício e comida que iria para o lixo alimenta mais de 1,6 milhão de brasileiros

Mais de 100 iniciativas evitam o desperdício e ajudam a combater a fome no Brasil. Sobras próprias para consumo são recolhidas em feiras e centrais de abastecimento e distribuídas em instituições e comunidades.
A reportagem é de Nádia Pontes, publicada por Deutsche Welle e reproduzida pelo portal EcoDebate, 17-12-2014.
O trabalho deste grupo começa quando o fim da feira se aproxima: Daniel Ferratoni e Lucila Matos espalham contêineres entre as barracas para recolher frutas, verduras e legumes que iriam para o lixo. Eles são idealizadores doBanco de Alimentos de Santos, no litoral norte paulista, uma organização focada em combater o desperdício e distribuir esses alimentos em comunidades em situação vulnerável.
Todas as quartas-feiras, Daniel, engenheiro, e Lucila, formada em relações internacionais, recolhem em torno de 200 quilos de comida. “Os feirantes separam para a gente principalmente talos e folhas de alimentos, como brócolis e cenoura, que o cliente não leva na hora da compra”, diz Daniel. “Mas também recolhemos caixas fechadas de frutas e vegetais mais perecíveis que eles não conseguem vender”, completa.
Gosto de ajudar, sei que essa comida mata a fome de muita gente”, diz Lívia, feirante há 22 anos e uma das colaboradoras mais fiéis. Nesta quarta-feira, a barraca dela doou vagem, jiló, chuchu, pepino, brócolis e tomate.
A iniciativa em Santos, fundada em janeiro, buscou inspiração dentro e fora do Brasil. Lucila acompanhou o trabalho em Bonn e Colônia, na Alemanha – um dos países pioneiros, onde mais de 900 bancos de alimentos estão em funcionamento. “De lá, trouxemos a ideia de distribuir os alimentos diretamente nas comunidades. Aqui no Brasil, a maioria recolhe a comida e entrega em instituições”, conta.
Combate ao desperdício
O primeiro banco de alimentos do Brasil surgiu em 1994, fundado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), em São Paulo. O movimento, com o objetivo de combater o desperdício e a fome, se expandiu num ritmo tímido entre as outras unidades do país, e algumas ONGs, como a Banco de Alimentos SP e a Banco de Alimentos de Porto Alegre, foram criadas com o mesmo objetivo.
O primeiro Banco de Alimentos criado com verba do governo federal surgiu somente em 2003.
Atualmente, são 78, apoiados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). “Eles estão em funcionamento em todas as regiões do país, em 24 estados, 16 capitais, com uma cobertura de 60% dos municípios acima de 300 mil habitantes”, informou o MDS à DW Brasil.
Essas regiões são estratégicas, porque concentram grandes redes varejistas, indústrias alimentícias e centrais de abastecimento – locais onde, segundo o ministério, as perdas e o desperdício de alimentos são alarmantes.
Atualmente, cerca de 100 projetos funcionam no Brasil, somando os administrados pela sociedade civil e pelo Estado. A comida recolhida é fonte de alimento para mais de 1,6 milhão de pessoas no país, calcula o governo federal.
Todos os anos, estima-se que 1,3 bilhão de toneladas de alimentos bons para o consumo sejam descartados. NoBrasil, um dos maiores produtores agrícolas mundiais, esse número é de quase 27 milhões. Ao mesmo tempo, cerca de 805 milhões de pessoas passam fome no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Comida recolhida pelo Banco de Alimentos de Santos é distribuída entre 100 famílias da comunidade Alemoa
Fila na hora da partilha
Em Santos, o alimento recolhido na feira é transportado por uma Kombi “coletiva”, usada em outro projeto social na região. A comida é distribuída entre 100 famílias da comunidade Alemoa, bairro de baixa renda, endereço de 970 famílias.
Na casa da líder comunitáriaMaria Lúcia Cristina Jesus Silva, as caixas coletadas são pesadas e, na sequência, distribuídas. “Muita gente sobrevive com isso”, conta Maria, moradora da comunidade desde 1974.
Uma hora antes da partilha, uma fila começa a se formar. Os moradores trazem uma sacola, recebem uma senha e podem escolher o que levar para casa. “Eu pego para mim e para minha vizinha, que está doente”, conta Antônio, 63 anos, desempregado.
O projeto de Daniel e Lucila foi fundado a partir de um financiamento coletivo de internautas. Eles não têm salários e contam com oito voluntários. Maycon Henrique, de 14 anos, sempre participa às quartas-feiras, depois que sai da escola. “Eu gosto de ajudar minha comunidade. E sempre levo para casa alface, melancia e melão que iriam para o lixo. Minha mãe também gosta.
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/538628-iniciativas-evitam-o-desperdicio-e-comida-que-iria-para-o-lixo-alimenta-mais-de-16-milhao-de-brasileiros

Google cria colher para ajudar pacientes com Parkinson a comer

by Ricardo Shimosakai
O produto possui um sensor que identifica o tremor e aciona um sistema estabilizadorO produto possui um sensor que identifica o tremor e aciona um sistema estabilizador
Uma startup de São Francisco (Estados Unidos) chamada Lift Labs, adquirida recentemente pelo Google, criou a Liftware Spoon, uma colher com um adaptador que permite pessoas com doenças que causam tremores, como a doença de Parkinson, a comer normalmente, sem derramar a comida.
O produto possui no cabo um sensor que identifica o tremor e aciona na sequência um sistema estabilizador que mantém a comida no lugar quando a mão da pessoa está tremendo. A importância do feito conquistado pela startup fica clara quando se assiste ao vídeo de apresentação do produto, bastante emocionante.
A startup agora integra o Google X, uma divisão secreta do Google dedicada a avanços tecnológicos de ponta.
O Google afirma que o dispositivo reduz em 76% a queda de alimentos e que a tecnologia pode ser adaptada para outros utensílios usados por pessoas com doenças que causam tremores no dia a dia.  O produto já está à venda no site da startup Lift Lab por US$ 295.
O interesse do Google na área é relacionado não só ao investimento cada vez maior da empresa em soluções na área da saúde. A mãe do cofundador Sergey Brin foi diagnosticada com a doença de Parkinson em 2009.
Veja o vídeo abaixo que mostra o funcionamento da colher:

Fonte: Estadão
20/12/2014 14h48

Fazer dieta só serve para engordar mais ainda, diz nutricionista da USP

Folha


Quer emagrecer? Pare de fazer dietas. É o que aconselha a nutricionista Sophie Deram, 50, francesa e naturalizada brasileira, em seu livro "O peso das dietas" (editora Sensus), lançado nesta semana em São Paulo.
 
Doutora em endocrinologia e pesquisadora da USP, ela é contra regimes restritivos. Baseia-se em estudos que demonstram que eles podem até funcionar no começo, mas cerca de 95% das pessoas voltam ao peso inicial.
 
Isso acontece, segundo ela, porque o cérebro entende essa mudança repentina na alimentação como um perigo e se adapta para reter mais gordura. "A dieta estraga o cérebro", diz ela. A seguir, trechos da sua entrevista.
 
Por que a sra. defende gordura e é contra as dietas?
Sophie Deram - Sempre achei sem noção essa guerra contra a gordura. Ela sempre fez parte da minha vida. Claro que sem exagero, mas, na França, comia manteiga de manhã, queijo, foie gras.

Quando me mudei para o Brasil, fui trabalhar com genética e obesidade infantil. Fiz doutorado e percebi que as crianças obesas, mesmo com a maior vontade do mundo, não conseguiam emagrecer quando tinham um problema de comportamento alimentar. O que me assustou foi ver que 95% das pacientes com transtorno alimentar tinham começado fazendo dieta. A dieta estraga o cérebro.
 
Como nutricionista, a sra. nunca prescreveu dietas?
Nunca consegui fazer isso. Como poderia para falar para alguém: "Amanhã, ao meio-dia, coma duas colheres de arroz". Quem sou eu para saber a fome que ela terá amanhã no almoço?

Fiz pesquisas de genética do transtorno alimentar, coordenando no Hospital das Clínicas o banco de DNA dos pacientes que têm transtornos alimentares. O que controla o nosso peso é o nosso cérebro. Ele controla nossas emoções, a fome, a saciedade. Às vezes, a gente come sem controlar, sem planejar.
 
O que acontece com o cérebro quando fazemos dieta?
Nós assustamos o cérebro. Ele reconhece a dieta como um perigo e desenvolve mecanismos de proteção. Cerca de 95% das pessoas que fazem dieta voltam a engordar, às vezes até mais.

Estudos com gêmeos idênticos mostram que o gêmeo que faz dieta é mais gordo do que o gêmeo que não fez. A ciência já demonstrou que fazer dieta engorda. E o que normalmente mandam o obeso fazer? Fechar a boca e malhar. São duas ações que aumentam o apetite.

As dietas têm risco em potencial de fazer a pessoa desenvolver transtornos alimentares. É claro que não acontecerá com todos. Aí entra a genética. Estudos mostraram que, se você tem determinado gene, há mais risco de desenvolver bulimia se fizer uma dieta. Esse gene está em 30% da população.
 
Mas dietas são passadas por médicos e nutricionistas...
Sim. Mas eles não conseguem mudar a cabeça. Isso é que foi ensinado pra gente. Eu aprendi que o peso é resultado daquilo que você come menos aquilo que você gasta. Não concordo com essa simplificação do peso. Claro que é importante não comer demais, não liberar tudo.

Quem fez muita dieta vai comer muito. É uma adaptação do cérebro. Quanto mais você faz dieta, mais apetite você vai ter. E esse aumento do apetite permanece por pelo menos um ano depois da dieta. Você vai engordar porque o corpo quer proteger você de uma próxima escassez.
 
Essas dietas que cortam carboidratos e contam calorias, são inúteis a longo prazo?
Inúteis eu nunca vou falar porque sou cientista. O que eu estou dizendo é que, fazer esse tipo de dieta te coloca em risco de engordar, de desenvolver transtorno alimentar. Isso é uma bomba, especialmente para os nossos jovens em crescimento. Mães que têm medo que a criança engorde tentam restringir [a comida]. Isso a leva comer escondido, mesmo sem fome ou a comer sem limite.
 
Como os pais devem agir?
O trabalho dos pais é oferecer comida de qualidade. Em casa, tenha uma rotina, cozinhe. Não precisa proibir doces, por exemplo, mas que o consumo seja ocasional. Não entupa seu filho de refrigerante no almoço, a melhor bebida que existe é água.

É a primeira coisa que eu negocio com as crianças: diminuir sucos e refrigerantes e beber mais água. Eles me olham e dizem: "Ahhh, vai ser horrível!" Depois voltam muito felizes pra me contar: "Eu consegui beber água".

É impressionante, mas tem crianças bebendo mais de um litro de suco por dia.
 
A questão é que, para muitos pais que trabalham fora, fica difícil essa rotina de cozinhar, fazer sucos naturais...
Não precisa cozinhar coisas complicadas. É possível fazer um jantar em 15, 20 minutos. O negócio é se organizar para não acontecer de chegar em casa cansado, com fome, e não ter nada na geladeira.

O que vai fazer? Vai pedir comida ou sair para comer um lanche rápido. Quanto mais você conseguir incluir alimentos da natureza, para quais o nosso corpo foi programado, melhor.
 
É comum alguns alimentos, serem demonizados e outros endeusados. Há interesses comerciais nesse jogo?
Não existe um alimento que vai salvar a sua vida. Nosso corpo precisa de variedade, de qualidade. Nosso cérebro está aqui procurando o melhor bem-estar possível. Mas se a gente o agride o tempo todo, ele precisa se defender ganhando gordura. A gordura nos salvava nas cavernas. Nosso cérebro pensa que gordura é proteção.

Gordura então faz bem?
Não estou dizendo para as pessoas se entupirem de gordura. Mas não deveríamos demonizá-la. Isso foi um dos maiores erros da nutrição. A gordura foi demonizada por estudos que associavam seu consumo a uma maior incidência de doenças cardiovasculares. Hoje a gente vê que foram estudos malfeitos.

A partir disso, o mundo começou uma guerra contra a gordura. E a indústria se adaptou a isso. Não acredito em conspirações da indústria. Ela precisa vender. E o que você coloca para substituir a gordura? Açúcar, carboidrato. O excesso de carboidrato aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
 
Você acredita que as pessoas estejam com medo de comer?
Sim, as pessoas estão assustadas. Eu sempre digo: pare de pensar, não precisa ser uma nutricionista para comer bem. Volte a lembrar do seu avô. Ele não se pesava, comia café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, e ele estava bem.
 
Mas no passado as pessoas eram mais ativas, não?
Acho que elas tinham menos estresse. Muitas pessoas fazem academia hoje e nem por isso estão mais magras. Você precisa ser ativo, andar a pé, de bicicleta. Para muitas pessoas, academia é uma tortura. Atividade física tem que ser prazerosa, não é para ser difícil e só ser feita se tiver muita força de vontade.
 

Qual o seu principal conselho para quem busca perder peso?
A pessoa precisa se perguntar por que quer perder peso. Se é porque acha que ser magro é mais bonito, deve pensar que isso pode ser contra a sua genética. Tenho pacientes que começaram dietas querendo perder três quilos e, 20 anos depois, estavam com 20 kg a mais.

Se for pra resolver um problema de saúde, resolva, mas vá atrás de saber o que fez você engordar. Faça as pazes com você. Esse é um exemplo fantástico aos nossos filhos para que eles não tenham que viver a guerra com a comida que a gente vive agora. 
http://www.caaraponews.com.br/noticia/57329/fazer-dieta-so-serve-para-engordar-mais-ainda-diz-nutricionista-da-usp

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

DEPOIMENTO - Caso real

Você quer pedir para o Papai Noel?


   Minha mãe sugeria que pedisse uma nova copinha ao Papai Noel. Daríamos a minha para outra criança. Eu concordava  e no dia de Natal surgiam um guarda-comida, mesa e cadeirinhas em novas cores e decalques, a caminha da boneca acompanhando, com nova colcha! Aconteceu em muitos Natais, e eu não percebia que era ela que reformava os antigos brinquedos, trabalhando à noite, enquanto as crianças dormiam. Fazia também a roupa de Papai-Noel de meu pai. Papai saía pela porta da frente, e entrava de Papai Noel pela porta da cozinha. Nunca conversava, só dava aquela risadas de ho-ho. Na minha alegria e ansiedade eu lamentava que papai nunca tivesse a sorte de estar presente nesta hora.
   Mamãe era costureira profissional, e fazia vestidos lindos para os bailes da época, íamos e voltávamos a pé, a família toda e nossos amigos, cantando e conversando.
   Ambos me permitiram uma infância também moleca, com direito a muita fruta apanhada no pé e caprichados carrinhos de rolimã.
   Conheci meu futuro marido em um baile de carnaval, e quando um de meus irmãos quis interferir, mamãe defendeu com firmeza meu direito de escolha.







   Perdi meu pai pouco antes de casar Convivi intensamente com esta mãe, enquanto construía meu casamento, criava meus filhos e exercia meu ofício de professora. Hoje tenho 66 anos, sou Gladys, já abençoada com netos.
   Quando mamãe tinha 84 anos surgiu um câncer e eu fui sua enfermeira-companheira até seu falecimento, dez anos depois.
   A natural depressão que senti só foi aliviada quando escrevi um pequeno livro, detalhando todas as raízes da família, com sua fotos e fatos.

“O amor não conhece sua própria intensidade até a hora da separação”. – Khalil Gibran

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga. e-mail:bfritzsons@gmail.com


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Depoimento - Caso real


A vida exige flexibilidade e foco.

 

 

    Minha mãe me queria professora.

   Em Palmeira do Oeste não havia escola para tanto, assim fui para os internatos da vida. As freiras também me ensinaram o valor da oração, da contenção emocional, da luta pelos objetivos, o amor ao próximo. Sentia muitas saudades. Quando minha família mudou-se para Votuporanga pude terminar meu curso de normalista, morando em casa de novo.

   

 Meu primeiro namoro, com um moço que eu achava muito bonito, farmacêutico prático, resultou em casamento cheio de companheirismo, amor acrescido de carinho com o evoluir do tempo. Foi pai maravilhoso, lutamos muito pelo diploma dos três filhos.

          Cuidou destas crianças para que eu fizesse a faculdade de Ciências e de Matemática. Sempre ensinei minhas matérias e também a importância da boa convivência entre alunos, e com os pais.

       Faz quatro anos que Miro perdeu a dura batalha para a diabete e a hipertensão, antes de seus 70 anos. Tenho a certeza de que está no céu, era muito bom de coração.

      Quando você passa a ser viúva, parece que o chão se abre e você fica lá, meio perdida. Tive e tenho sólida ajuda dos filhos, seus parceiros e netos, durante a doença de meu esposo, e agora, neste novo momento.

      Tenho meu apartamento, mas convivo com eles e ajudo em tudo o que posso diariamente. Duas filhas moram próximas de mim. Participo de grupo de orações e de várias atividades no SESI. Fui apoiada para realizar antigo sonho – fiz a viagem até N. Sra. de Lourdes e à Terra Santa. Não me sinto pessoa velha, mas sim pessoa independente.

     Meu nome é Lourdes, tenho 72 anos.

 

“Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimo de poucos, amigo de um e inimigo de nenhum.” – Benjamin Franklin

 

 

Caso Real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com

    
Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.