segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Café aberto para filho autista muda vida de deficientes filipinos

by Ricardo Shimosakai
A mãe de Jose, Girlie, nunca viu diferenças entre o filho autista e as suas outras criançasA mãe de Jose, Girlie, nunca viu diferenças entre o filho autista e as suas outras crianças
Um café nas Filipinas está quebrando o estigma e combatendo o preconceito ao empregar pessoas com deficiência.
Jose Canoy tinha 12 anos quando a sua família percebeu que ele jamais seria capaz de conseguir boas notas na escola.
A família entendeu que, diferentemente de outras crianças da mesma idade, Jose, que é autista, nunca seria capaz de fazer um trabalho de história ou de memorizar os planetas do Sistema Solar.
O cérebro dele simplesmente não funcionava daquela maneira.
A mãe de Jose, Girlie, sempre tratou o autismo do filho de forma positiva e diz que o menino aproximou a família ainda mais. Quando o autismo de Jose foi confirmado, ela não ficou frustrada, embora conte que os amigos sempre a olhavam com pena quando contava a novidade.
"Está tudo bem, não me sinto mal, mas para mim ele é igual aos outros, apenas mais dos meus filhos", ela respondia.
O que deixava Girlie preocupada era o futuro de Jose, que hoje tem 22 anos, porque, naquela época, as opções para crianças com autismo nas Filipinas eram muito limitadas.
Foi isso que levou a família a abrir um café. Girlie deixou o negócio nas mãos dos seis filhos, incluindo Jose, que é dono, mas também trabalha de garçom algumas vezes por semana.
O plano é que no futuro as outras crianças possam dar continuidade aos negócios e ajudar Jose.
Inspirada pela mudança positiva que viram em Jose quando ele começou a aprender tarefas práticas, a família decidiu empregar outras pessoas com autismo e batizaram o local de "Puzzle Café", porque o símbolo internacional do autismo é uma peça de quebra-cabeça.
O símbolo está em todos os lugares no café, do sofá aos aventais usados pelos garçons. O local foi inaugurado em abril para coincidir com o mês de conscientização do autismo nas Filipinas.
Na aparência, é um restaurante bacana como qualquer outro, colorido, com móveis modernos e piso de cimento. Em uma prateleira, encontram-se geleias importadas e risotos embalados, e em outra, há pulseiras e chaveiros feitos por pessoas com autismo.
O café também emprega outras pessoas com deficiênciaO café também emprega outras pessoas com deficiência
Talvez por isso, muitos clientes nem percebem que a maioria dos funcionários é autista, diz Ysabella, irmã de José, que administra o café no dia-a-dia.
Às vezes, segundo Ysabella, há quem se irrite com a dificuldade de se comunicar com os garçons, mas é justamente esta interação que possibilita mudanças na percepção que as pessoas têm sobre o autismo, e que ressalta o que as pessoas autistas são capazes de fazer.
A luta contra o preconceito era um dos objetivos mais importantes da família Canoy ao abrir o café.
Com apenas dois anos de diferença em suas idades, Jose e Ysabella são muito próximos. Na piscina de um hotel durante as férias da família, quando ela tinha seis anos, notou pela primeira vez que outras crianças e adultos olhavam de maneira diferente para Jose. Ele estava fazendo as mesmas coisas que sempre fez, mexendo os braços, falando sozinho e com os seus brinquedos.
"Quando as pessoas começaram a olhar para ele, eu percebi: ‘nossa, é porque ele é diferente’", ela conta.
Mais tarde, Ysabella estudou educação especial e hoje ajuda os funcionários do Puzzle a concluírem as suas tarefas.
Jose vê o trabalho no café como um desafio – e a intenção é exatamente esta.
Ysabella ajuda o irmão a escrever a receita do suco de limão filipino, o típico kalamansi, e pede que receba os clientes da melhor maneira possível, apertando as mãos e dizendo "obrigado".
Jose pede ajuda quando se sente ansioso.
Com a ajuda de Josephine de Jesus, uma terapeuta da fala especialista em crianças autistas, o café tem uma série de roteiros e cartilhas para explicar cada atividade para os funcionários – desde a distância que precisam ficar ao cumprimentar um funcionário até instruções para fazer waffles, incluindo ilustrações com fotos.
A fonoaudióloga trabalha voluntariamente no café porque acha o local bom para praticarem suas tarefas diárias de uma maneira menos monótona do que em uma clínica. "Existem situações que não conseguimos replicar na terapia", diz.
Embora tenha sido aberto por causa de Jose, o Puzzle Café vem inspirando várias pessoas com deficiência e suas famílias. Além dos dez garçons autistas, o estabelecimento treina jovens com Síndrome de Down, uma jovem mulher com paralisia cerebral e conta com um assistente de cozinha autista.
"Você percebe que estas pessoas não têm oportunidades, estamos felizes por fazê-las felizes", diz Girlie.
Já Jose, quando perguntado sobre como se sente a respeito do trabalho no Puzzle Café, responde sem hesitar: "Feliz. Me sinto feliz!"
Fonte: G1

Marta Gil, Consultoria em Inclusão, compartilha:

Repasso notícia de Curitiba.

Abraços

Marta 




 FAE  PROMOVE   CURSO DE LEITURA E ESCRITA EM BRAILLE

Esse curso é dirigido basicamente a pessoas que enxergam, isto é, que não têm deficiência visual, com o objetivo de propiciar uma maior integração entre essas pessoas e as pessoas cegas ou de baixa visão.

Emprega uma nova metodologia, com a utilização de dois equipamentos, o Gira-Braille e a Reglete Positiva, que facilitam consideravelmente o aprendizado do sistema braille, visto que o Gira-Braille possibilita uma clareza melhor na visualização da lógica que há nesse sistema, enquanto que a Reglete Positiva elimina a necessidade do aprendiz de escrever de forma contrária à convencional.

O curso é essencialmente prático e possibilita o aprendizado total do braille em oito horas aula, período no qual se trabalhará com todas as possibilidades do sistema braille, como o alfabeto, os números, os sinais matemáticos, etc.

Você poderá obter mais informações sobre o Gira-Braille, clicando aqui.

Objetivo: 
 
Capacitar os participantes a ler e escrever em Braille

Ementa: 

Breve histórico do Sistema Braile e Prática em Leitura e escrita Braille

Materiais fornecidos: Gira-Braille, Reglete Positiva, punção e Tabela Alfabética (alfabeto braille)

Informações gerais:
  • Datas: 12 e 19 de setembro de 2015
  • Horários: das 8h às 12h
  • Local: FAE – Centro I
  • Carga Horária: 8 horas
  • Investimento: Alunos e Ex-alunos FAE: R$ 65,00 + R$ 150,00, referente aos materiais que serão fornecidos - Total: R$ 215,00 | Público externo: R$ 80,00 + R$ 150,00, referente aos materiais que serão fornecidos – Total: R$ 230,00
  • Vagas: 30 (vagas limitadas)
  • Inscrições até 10/09/15

Ministrantes: Flávio Roberto Hermany e Evaldo Frederico Hermany.
Flávio Roberto Hermany: Formado em Letras pela UFPR, pós-graduado em Educação Inclusiva, atualmente é professor do curso de Pós Graduação em Educação Especial da UNISINOS.
Evaldo Frederico Hermany: Criador do gira-braille.

Mais informações: extensao@fae.edu | (41) 2105-4013 OU .     www.fae.edu/cursos/?cid=87932078
SEX, 28 DE AGOSTO DE 2015 01:03      ACESSOS: 92
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Fotos: reprodução/Facebook/Renovatio
Uma Ong de universitários produz óculos para quem não pode pagar e contrata ex-presidiários para ajudar na produção.
ONG Renovatio criou o projeto VerBem, que produz e doa óculos de baixo custo para quem não pode pagar por eles. 
Mais de mil pessoas já foram beneficiadas com o projeto. 
O trabalho é feito em parceria com uma ONG alemã, a OneDollarGlasses, e usa uma tecnologia que permite a fabricação de óculos gastando apenas US$ 1,20 - o equivalente a R$ 3,74. 

O acessório é formado por aço, plástico hipoalérgico, e lentes de policarbonato.

No Brasil, o custo de produção dos óculos, no entanto, sai por R$ 25 porque, além do custo do material e o valor de impostos para importá-lo, a ONG também contrata pessoas em vulnerabilidade social para trabalhar no projeto, como moradores de rua e ex-presidiários. 

Atualmente, quatro beneficiados integram a ONG.

Em Junho, na Campanha de Catarata, o grupo fez uma campanha e doou 493 óculos para pessoas das comunidades de Mata de São João, Bahia. 

"Cada óculos doado muda completamente o mundo: o mundo para aquela pessoa, que agora consegue ver o mundo como ele de fato é e, assim, vê também um futuro melhor a sua frente", diz a página da Renovatio no Facebook.

Requisitos
Para fazer parte do projeto Ver Bem e ser beneficiado com a bolsa que varia de R$ 800 a R$ 1.400, é preciso obrigatoriamente estudar e fazer as atividades culturais propostas pelos membros da Renovatio, desenvolvidas por um professor de história. 

Cerca de 50% do valor da bolsa depende do desempenho nos estudos, atividades culturais e da meta de produção de óculos de cada um.

"O principal objetivo é que essas pessoas estudem, trabalhem as habilidades linguísticas, o pensamento crítico e a erudição para que, assim, consigam escolher um caminho para seguir na vida", explica Fábio Rodas Blanco, 22, presidente e cofundador da Renovatio.



Distribuição
Pessoas com diagnóstico de miopia, hipermetropia, presbiopia podem receber os óculos.

Para a distribuição em São Paulo, a Renovatio mantém uma parceria com a Escola Paulista de Medicina, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), com o Instituto da Visão e agora também com a Faculdade de Medicina do ABC, que divulgam o trabalho e indicam o posto de distribuição e fabricação, que fica no Instituto da Visão, os pacientes.

A parceira com os órgãos públicos acontece por meio do oftalmologista, presidente do Instituto da Visão e professor da Unifesp, Rubens Belfort, que atestou a qualidade do material. 

Para levantar o capital inicial, os alunos realizaram um crowdfunding (financiamento coletivo on-line) por quatro meses e conseguiram levantar R$ 45 mil. A proposta era que, a cada R$ 25 doados, um par de óculos seria entregue a quem não pudesse comprar. 

Veja como foi a primeira doação de óculos da Renovatio em Belém do Pará:

Com informações da Folha e BrasilPost
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SEX, 28 DE AGOSTO DE 2015 01:04      ACESSOS: 253
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Foto: reprodução/RBSTV

Ressocialização pela música!
Um juiz gaúcho montou uma banda tendo como parceiros jovens que ele mesmo condenou por crimes como tráfico, roubo e homicídio.
A banda, chamada Liberdade, se apresenta no pátio do Case (Centro de Atendimento Socioeducativo) de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, onde os adolescentes estão internados, e em outros locais, sob escolta. 
A formação não é fixa, porque os músicos são liberados após cumprir a medida socioeducativa.

Em sua página no Facebook o juiz Dalmir Franklin de Oliveira Júnior - que atua há oito anos atua na Vara da Infância e da Juventude local - diz que "o projeto foi criado por várias pessoas para usar a música, e não só o rock, como auxílio na socioeducação". 

E informa que doou alguns instrumentos pessoais no início do projeto.
Em entrevista à Folha, Dalmir falou que "a música permite que esses jovens sejam vistos por outro viés que não o da delinquência", disse à Folha.
História
O programa começou há seis anos.

"Nas férias escolares deles, me chamaram porque os meninos estavam muito agitados, sem atividade", diz o juiz, que atua como voluntário.
As turmas, de aulas teóricas e práticas sobre ritmo e harmonia, foram montadas com a colaboração da comunidade e o apoio da Pastoral Carcerária. 

Segundo o professor, o ritmo da percussão ajuda a "canalizar as energias".
Dos quase 80 internos do Case, cerca de 25 participam das aulas de música do projeto e conseguem um lugar na banda.

O juiz afirma que nunca enfrentou problemas com os garotos na banda, mesmo os que, em um primeiro momento, se sentiram injustiçados com a pena imputada.
Segundo ele, a banda ensina responsabilidade, já que nela "cada um tem sua função".
Para conseguir uma vaga na percussão ou na guitarra, é preciso ter bom comportamento. 
Beneficiado
Ex-integrante da banda, onde tocava repenique (tipo de percussão) e violão, Osvandré Gonçalves de Assis, 19, entrou no Case aos 16 anos por crimes como tráfico. 
"Sempre quis aprender. Agora sei tocar o básico", conta ele, que está em liberdade há poucas semanas e deixou o projeto. 

"Percebemos uma grande mudança nele", diz o juiz, que sonha com uma extensão do projeto fora do Case, para acolher egressos, como Assis.
Quando recebeu a sentença, o rapaz tinha estudado só até a quarta série do fundamental. No Case, concluiu o ensino médio. "Quero fazer direito e ser advogado", diz ele, que trabalha em um supermercado e faz planos de continuar tocando.
Com informações da Folha, RBS e Facebook
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sábado, 29 de agosto de 2015

Winnie Harlow se destaca no mundo da moda e rompe barreiras com vitiligo

by Ricardo Shimosakai
Harlow já foi chamada de ‘zebra’ e ‘vaca’ por conta das manchas no corpoHarlow já foi chamada de ‘zebra’ e ‘vaca’ por conta das manchas no corpo
A modelo canadense Winnie Harlow vem fazendo história no mundo da moda depois de participar do reality show "America's Next Top Model", em 2014. A jovem negra de 21 anos tem vitiligo: uma doença que causa a perda gradativa da pigmentação da pele, gerando manchas pelo corpo. Assim como a cantora Viktoria Modesta, que renovou o conceito de diva pop por ter uma perna amputada, Harlow é apontada como um exemplo de diversidade na moda.
Em menos de um ano após despontar no programa americano, a modelo já estrelou campanhas para as grifes Desigual e Diesel - uma das marcas usadas para compor os looks de Alice, papel de Sophie Charlotte em "Babilônia" - , além de ter participado do clipe "Guts Over Fear", de Eminem e Sia. Em entrevista à revista "S Moda", Harlow conta que já sofreu discriminação por causa do vitiligo e já foi chamada de "zebra ou vaca": "Comecei a receber muitos olhares e não sabia como lidar com eles". Mas nada disso a abala: "Adoro ser diferente. Sou eu mesma. Se dissesse que não, significaria que não gosto de mim mesma".
Com mais de 850 mil seguidores no Instagram e mais de 100 mil no Facebook, a jovem conta como lida com o sucesso repentino: "Às vezes, é complicado lidar com a fama. Certa vez fui ao shopping e estava no telefone falando com o banco quando uma mulher me perguntou se poderia tirar uma foto junto comigo. Eu disse que lamentava, mas estava falando ao telefone e ela se foi. Na manhã seguinte, ela postou no Twitter: 'Foi genial te ver no shopping, Winnie, mas não precisa fingir que fala ao telefone'. Eu não podia acreditar. Jamais inventaria uma conversa fictícia para livrar-me de uma foto. Sou uma pessoa, não um produto. Sou um ser humano, tenho uma vida e às vezes não estou de bom humor para estar rodeada de tanta gente", afirma ela, que atende pelo nome de batismo Chantelle Brown-Young.
Harlow rompeu barreiras de preconceito e já estrelou campanhas de grifes como a DieselHarlow rompeu barreiras de preconceito e já estrelou campanhas de grifes como a Diesel
Tyra Banks apostou no sucesso da modelo no reality show: 'Você já era uma estrela'
Quem ocupa um lugar especial na vida, e na carreira, de Winnie Harlow é Tyra Banks, ex-modelo que apresenta o "America's Next Top Model", e que posou para um ensaio sensual da revista "W Magazine" ao lado de outros famosos, em março de 2014. A relação das duas foi além do programa de TV.
"Há pouco, Tyra me deixou uma mensagem no Twitter. 'Você já era uma estrela, eu só te dei uma plataforma para que as pessoas reconhecessem o que você era. Continue me deixando orgulhosa'. Ela me dizer isso significa muito para mim, porque sei que ela não entra muito em contato os outros participantes de edições passadas", conta a nova menina dos olhos do mundo da moda.
Fonte: Pure People

Consultora de Inclusão, Narta Gil compartilha:

​Caros

​Essa notícia traz duas​
 
​informações importantes: a base de dados de ​produtos de tecnologia assistiva, disponível para consulta e a informação sobre um edital com foco no desenvolvimento de produtos de tecnologia assistiva.

Abraços

Marta Gil


do Site Inovação Tecnológica em 24/08/2015

Financiamentos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTi) promoveram a criação de cerca de 1,5 mil produtos voltados a dar mais independência e qualidade de vida a pessoas com deficiência. Esses produtos são resultados de pesquisas em tecnologia assistiva, termo designado para definir os recursos, serviços, equipamentos e estratégias que contribuem para dar ou ampliar habilidades aos portadores de necessidades especiais.

De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, Eron Bezerra, atualmente há 70 grupos de pesquisa desenvolvidos em tecnologia assistiva no Brasil. Os produtos desenvolvidos por essas equipes são usados para tratamentos clínicos, cuidados pessoais, atividades domésticas, manuseio de objetos e atividades recreativas. São muitas vezes dispositivos simples, mas que facilitam o dia a dia de quem tem a deficiência e dos familiares e cuidadores, como colheres, barras para pratos, banheiras. Os produtos estão disponíveis na página:

http://assistiva.mct.gov.br

Os interessados podem pesquisar tanto por tipo de produto, como pelo tipo de limitação: deficiente visual, deficiente auditivo, deficiência intelectual, física, múltipla ou idoso.

Segundo Eron, para estimular ainda mais os investimentos no setor, deverá ser publicado nos próximos meses um edital com foco no desenvolvimento de produtos de tecnologia assistiva com valor previsto de R$ 25 milhões.

Cerca de R$ 2,7 milhões do total de recursos previstos no edital serão destinados à regulamentação das cadeiras de rodas no Brasil, reprovadas por testes de segurança e qualidade do Inmetro em 2013.

"Todas foram reprovadas pelos testes do INMETRO, então o governo encomendou ao MCTI, junto a outros parceiros, regulamentar essa política de adequação da eficiência das cadeiras de rodas", disse.

O governo federal também já aprovou e selecionou 45 instituições de ensino e pesquisa no Brasil, que vão receber 210 bolsas de mestrado e doutorado para desenvolver pesquisa em tecnologia assistiva, num valor de aproximadamente R$ 20,5 milhões.

Empatia: um adjetivo que não consta no currículo do cuidador

Escrito por  Simone de Cássia Freitas Manzaro(*)
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empatia-um-adjetivo-que-nao-consta-no-curriculo-do-cuidador-fotodestaqueEmpatia aqui pode ser entendida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo suas emoções e reações, imaginando-se nas mesmas circunstâncias que o outro.
Logo, quando esse adjetivo extracurricular se faz presente, o cuidador experimenta dos sentimentos do outro, colocando-se em seu lugar, fazendo aquilo que gostaria que fosse feito consigo, isso também pode ser chamado de respeito.
Fiquei observando-a o tempo todo. Aquela cuidadora era muito atenciosa e carinhosa, sempre estava com um caderninho em mãos para fazer suas anotações. Possuía muito carinho e um cuidado singular com aquela idosa. Em alguns momentos, voltava-se para o caderninho e fazia suas anotações. Um dia, por curiosidade, perguntei o que tanto ela escrevia, ela me entregou o caderno para que eu mesma pudesse ver. Ali estava escrito à sua maneira, todas as recomendações que eu havia dado, algumas tarefas importantes, nomes de medicamentos, horários e para que serviam, dentre outras coisas. Minha curiosidade aumenta e pergunto se ela havia realizado algum curso de cuidador de idosos e, para minha surpresa, a resposta foi: “não, não preciso de curso para cuidar de quem amo.”
Este episódio é importante para pensar sobre o longeviver frágil, especialmente quando as estatísticas nos apontam que a população mundial está envelhecendo, e, com isso, cada vez mais a presença de cuidadores de idosos nos lares se faz necessário principalmente, pelos inúmeros casos de demências e outras doenças crônicas, que tornam muitas pessoas idosas dependentes em seus cuidados diários.
Certa vez Madre Teresa de Calcutá disse que “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”. Ora, o cuidador é essa gota. O cuidador é um profissional contratado para dar assistência ao idoso que necessita de cuidados especializados, em alguns casos o cuidador acaba sendo alguém da própria família, que é escolhido ou que escolhe cuidar do próprio ente querido.
Muitas vezes o cuidador contratado acaba sendo uma extensão da família que não pode estar presente naquele momento ou até mesmo um mediador entre o idoso e o mundo lá fora. Ele é responsável por garantir a saúde mental e física para que o idoso esteja sempre ativo, alimentado e bem cuidado. É ele quem garante a qualidade de vida do idoso. 
empatia-um-adjetivo-que-nao-consta-no-curriculo-do-cuidador-foto1O cuidador deve ser alguém paciente, ser bom ouvinte, deve estimular atividades e independência, planejar e fazer passeios dentre outras atividades rotineiras.
Ao pensar nessas habilidades que um cuidador deve possuir para trabalhar com idosos, logo nos vem em mente se ele possui formação específica e possíveis referências de trabalhos anteriores, o que torna esse suposto cuidador em alguém confiável além de um bom profissional.
Porém, quando o cuidador está no trabalho prático junto ao idoso percebemos determinados comportamentos e atitudes que fazem muita diferença no cuidado.
Voz baixa e delicada, toque suave, carinho e empatia, podem aproximar ainda mais o idoso do cuidador, facilitando a relação entre ambos.
Empatia aqui pode ser entendida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo suas emoções e reações, imaginando-se nas mesmas circunstâncias que o outro.
Logo, quando esse adjetivo extracurricular se faz presente, o cuidador experimenta dos sentimentos do outro, colocando-se em seu lugar, fazendo aquilo que gostaria que fosse feito consigo, isso também pode ser chamado de respeito.
Podemos fazer um paralelo com o filme “Os intocáveis”, filme francês baseado em fatos reais que mostra como alguém pode ajudar e auxiliar o outro, com condições às vezes mínimas, mas com muita força de vontade. Afinal, não estamos falando apenas de cuidador e idoso, estamos falando de seres humanos. No filme, um cuidador sem formação e sem nenhuma habilidade é escolhido dentre muitos (com muita formação e experiência) para cuidar de um homem que sofreu um acidente e que está na cadeira de rodas, sem movimentos do pescoço para baixo. Aos poucos aprende bem o trabalho e executa com perfeição, e sua relação com o paciente acaba sendo de uma grande amizade, o que facilita no cuidado.
Obviamente que a intenção não é tomar o filme como um exemplo a ser seguido, mas sim, como uma reflexão das habilidades pessoais que o cuidador que será contratado pela família pode ter e que ajudará na relação não só com o idoso, mas também com toda a família.
Capacitação específica ou força de vontade em aprender, cuidar e respeitar?
Qual será o principal adjetivo quando nos referimos ao cuidado com o idoso?
Podemos começar a refletir sobre isso...
(*)Simone de Cássia Freitas Manzaro - Psicóloga formada pela Universidade Nove de Julho, realiza atendimento psicológico de adultos e idosos. É voluntária na Associação Brasileira de Alzheimer-ABRAz. Possui experiência em estimulação cognitiva para pacientes com demências, principalmente Demência de Alzheimer; atua também com estimulação cognitiva preventiva; Realiza consultoria gerontológica, orientando familiares e cuidadores, criando estratégias e atividades para lidar com o paciente no dia a dia, supervisionando treinamento prático. É membro colaborador do site Portal do Envelhecimento. Email: simonemanzaro@gmail.com
http://www.portaldoenvelhecimento.com/cuidados/item/3747-empatia-um-adjetivo-que-nao-consta-no-curriculo-do-cuidador


Fronteiras do Pensamento: o individualismo e a ‘desurbanização’ das cidades


Debate aconteceu nesta segunda-feira, em Porto Alegre. (Foto: Diogo Pires Ferreira | EMBARQ Brasil)

Concebido em 2006, o Fronteiras do Pensamento vem se consolidando a cada ano como um evento de referência devido a sua magnitude, a participação de renomados intelectuais contemporâneos e a qualidade de seus debates. Na edição deste ano, o Fronteiras do Pensamento traz a temática Como viver juntos, e convida pensadores internacionais de diversos campos do conhecimento para debater as formas de cooperação e solidariedade da nossa sociedade.
A conferência desta segunda-feira (24), em Porto Alegre, contou com a presença da socióloga holandesa Saskia Sassen, professora da Universidade de Columbia, conhecida por suas análises sobre o capitalismo globalizado, migração urbana e impacto das tecnologias nas formas de comunicação e de governo, responsável pela popularização do termo “cidades globais”. Saskia dividiu o palco com o seu marido, o sociólogo e historiador Richard Sennett, natural dos Estados Unidos, professor da Universidade de Nova York e da London School of Economics, que trabalha com temas como espaços públicos, corpo, trabalho e sociedade, e é considerado um dos maiores sociólogos urbanos da atualidade.
Sennett, que analisa a sociedade a partir da perspectiva social do indivíduo, iniciou a noite falando sobre uma inquietação sua a respeito do porque as pessoas não se rebelam frente às crises e situações adversas, e cita como exemplo a crise financeira de 2007-2008. Segundo o sociólogo, as pessoas já não se rebelam mais, pois deixaram de acreditar na cooperação e perderam a fé nas ações colaborativas, “A ideia de que preciso do outro para viver, de que é importante fazer parte de um grupo, tudo isso está desaparecendo”, afirmou.

Richard Sennet. (Foto: Diogo Pires Ferreira / EMBARQ Brasil)
Esse desaparecimento dos laços e das relações de interdependência ocorre por motivos que o autor considera estruturais. A nova economia, de caráter neoliberal, enfatiza e estimula a relação de autonomia e de concorrência, associando à ideia de que apenas pessoas fracas colaboram entre si e precisam de solidariedade, uma vez que os vencedores vencem por conta própria. Nesse sentido, a construção das relações e vínculos sociais vem perdendo para a ideologia da autonomia e essa é uma característica da nossa sociedade atual.
Ao analisar o que devemos fazer para superar essa situação, Sennett reflete que não se trata de um problema abstrato, e sim concreto de necessidade de superar a ideologia que argumenta que a cooperação está em conflito com a competição, o que tornaria a cooperação impossível na atual sociedade. A cooperação e a competição devem ocorrer ao mesmo tempo, enquanto um processo contínuo e não um meio para se atingir um fim.
Saskia Sassen chama atenção para outro aspecto­: a interdependência e a conectividade que existem dentro do sistema capitalista global e vêm se ampliando, ao contrário do que ocorre hoje com as relações sociais, abordados por Sennett. Segundo a socióloga, essa interdependência estabelecida é predatória, pois essas relações ocorrem não por um sentido de cooperação e, sim, de maximização dos ganhos individuais de investidores que, muitas vezes, não possuem relação alguma com o território onde concentram seus investimentos.
Segundo ela, esse sistema, representado pelas grandes corporações, está comprando propriedades nas maiores e mais valorizadas cidades do mundo, o que poderia vir a representar a decadência das cidades devido à perda de identidade e coesão social. As corporações possuem, no contexto atual de globalização, o domínio da produção e da exploração, maximizando seus lucros.


Saskia Sassen. (Foto: Diogo Pires Ferreira / EMBARQ Brasil)

A lógica desse modelo acaba por se refletir nas cidades que vivemos e estão sendo produzidas. Para Saskia, os megaprojetos eliminam todas as características da cidade, os elementos diversos e atrativos, as pequenas ruas, comércios, residências, independente da tipologia ou densidade adotada, o que ela vai chamar de “desurbanização do espaço urbano”.
“Quando você constrói um megaprojeto, está introduzindo rigidez no tecido urbano, perdendo um dos aspectos mais interessantes de uma cidade viva, que é o contato entre pessoas de variadas culturas e procedências” – Saskia Sassen
Apesar de problematizarem as cidades a partir de diferentes perspectivas, os autores concordam que o atual modelo de cidade, dominado pelas corporações e direcionado por megaprojetos, reduzem a vitalidade dos espaços urbanos, a capacidade de interação dos sujeitos e dissolvem o tecido urbano, ao qual se referia Sennett.
Os autores não apresentam respostas, mas sim questionamentos que nos fazem refletir sobre os rumos que a atual reprodução do modelo urbano está nos levando. Saskia defende  a valorização dos pequenos projetos e da construção de novas cidades, formadas por centros urbanos de pequeno porte, com vida comunitária desenvolvida.
Vivemos em um mundo em que a nossa economia e nossas cidades mudam a nossa formação social e individual. O tipo de cidade que produzimos ou que queremos está diretamente relacionado com o tipo de pessoas que somos ou queremos ser.
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Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.