terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Ingestão de frutas e legumes na juventude protege contra aterosclerose coronária na maturidade

Ingestão de frutas e legumes na juventude protege contra aterosclerose coronária na maturidade
As preocupações com a saúde tornam-se mais intensas com a aproximação da idade madura e o consequente aumento do risco para diversas doenças, principalmente doenças cardiovasculares. Motivadas por isto as pessoas ficam mais predispostas a promover mudanças no estilo de vida, o que sabidamente reduz o risco para doença cardíaca.
Das intervenções sobre estilo de vida na maturidade, a que estabelece um padrão dietético alto em frutas e vegetais está associada a uma redução na incidência de doença coronariana, acidente vascular cerebral (derrame) e mortalidade por doença cardíaca, redução esta que é mediada, provavelmente, pela inibição da formação da placa aterosclerótica, principal característica da doença cardiovascular. No entanto, a formação da placa tem início na juventude e, quando, na idade madura, o indivíduo melhora seu estilo de vida, ele já apresenta algum grau deaterosclerose, o que impede uma redução completa do risco de doença cardiovascular.
Na última semana foi publicada na revista médica Circulation, uma pesquisa que teve como principal objetivo investigar se a adoção de uma dieta saudável, rica em frutas e vegetais, já na juventude, poderia ter um maior impacto na prevenção da doença cardíaca.
O estudo foi conduzido em uma amostra de 2506 jovens que tiveram seu padrão alimentar registrado por meio de questionários. Vinte anos depois os participantes submeteram-se a uma tomografia computadorizada para a medida de cálcio na artéria coronária, que é um excelente marcador da aterosclerose naquele local.
Os indivíduos que tinham o maior consumo de frutas e vegetais na juventude apresentaram uma menor prevalência de cálcio na artéria coronária, o que indica um menor risco de desenvolver aterosclerose. Este resultado reforça a recomendação da adoção de um estilo de vida saudáveljá na adolescência e juventude, principalmente no que diz respeito à alimentação. 
Autor: Equipe ABC da Saúde
Referência Bibliográfica
  • -Circulation – DOI:10.1161/CIRCULATIONAHA.114.012562
  • https://www.abcdasaude.com.br/noticias/ingestao-de-frutas-e-legumes-na-juventude-protege-contra-aterosclerose-coronaria-na-maturidade

Baterista cria método em braille para ensinar aluno com deficiência visual

by Ricardo Shimosakai
Aluno de Jundiaí ganhou método de estudo com 48 exercícios básicos. 'Não ganho um tostão. O importante foi ver a felicidade do Matheus', diz.Aluno de Jundiaí ganhou método de estudo com 48 exercícios básicos. 'Não ganho um tostão. O importante foi ver a felicidade do Matheus', diz.
Pratos de ataque, chimbal, condução, tambores, surdo e bumbo. Para encaixar cada parte de uma bateria e deixar uma música harmoniosa ao som do instrumento, músicos precisam de treino e dedicação. Para realizar o sonho de um adolescente de 16 anos, que é deficiente visual, um baterista de Jundiaí (SP) resolveu colocar a intuição em segundo plano e criou um método em braille para o aluno.
Guilherme Favero, que está na profissão há 20 anos, trabalha em um estúdio de música e dá aulas ao adolescente há quatro anos. Sem encontrar um material adequado disponível no mercado, ele passou a procurar outros meios de ensinar Matheus Cauduro. “A minha maior dificuldade era fazer meu aluno enxergar as notas do jeito que eu vejo", comenta o professor. Depois de mais de um ano de empenho, um método de estudo em braille para bateria saiu do papel direto para as mãos do adolescente.
Antes disso, o professor do adolescente havia procurado por partituras especiais sem sucesso. "Comecei a pesquisar, entrei em contato com pessoas envolvidas com esse público e até com uma fundação em São Paulo e ninguém nunca tinha ouvido falar. Até encontramos partituras em braille para outros instrumentos, mas para bateria não existia", relata.
Foi então que o músico começou a desenvolver o projeto especialmente para Matheus. "Frequentei semanalmente a Fundação Dorina Nowill, na capital, durante seis meses. Eles cederam uma cartilha que ensinava a ler em braille e ajudaram nas etapas desse piloto. O começo foi dramático, não saiu do jeito que eu gostaria, mas muitos meses depois ficou pronto e começamos a aplicar."
Nas batidas do rock
O método de estudo elaborado por Guilherme é composto por 48 exercícios básicos, com grooves para bateria voltados para o rock, gênero musical preferido de Matheus.
As notas e partes do instrumento são indicadas no sistema braille, lidas pelo aluno e memorizadas. Essa linguagem é baseada na combinação de seis pontos, dispostos em duas colunas de 3 pontos, que permite a formação de 63 caracteres diferentes, que podem representar letras, números, simbologia aritmética, fonética, musicográfica e informática.
"Trabalhamos isso durante 10 meses. As primeiras aulas foram de adaptação, tanto para mim quanto para ele. Fui estimulando e, aos poucos, ele foi dominando o método", conta Guilherme. Antes do método em braille, o adolescente aprendia com ajuda da tecnologia e boa vontade. O professor de música passava exercícios curtos para Matheus memorizar e gravava-o tocando para que, posteriormente, ele pudesse treinar em casa ouvindo essas gravações.
Para Matheus, o método foi um grande facilitador do aprendizado. "Inciei com o método em braille, foi o que me deu a base para o desenvolvimento dos estudos da bateria. São pequenos exercícios que me ajudaram a decorar as notas no instrumento", diz. Ao passar pela primeira parte, agora ele se dedica ao estudo de ritmos africanos, jazz e rock.
Desafios
O músico e professor Guilherme explicou que os maiores desafios no desenvolvimento foram relacionados à falta de informação, a própria escrita e revisão do material. Ele contou que também desenvolveu um método de estudo para deficientes físicos, mas ainda não foi aplicado em aula.
Agora, Matheus já concluiu todo o método de estudo básico do sistema braille e estuda os ritmos no sistema de gravação, como antigamente. "Foi um projeto que partiu de uma curiosidade pessoal minha. Não ganho um tostão com isso e nem quero. O importante foi ver a felicidade do Matheus. Infelizmente, não tenho mais tempo para criar outros métodos, mas esse que fiz fica com ele e pode acabar ajudando outras pessoas também."
Fundação Dorina Nowill
A Fundação Dorina Nowill lembra que Guilherme contou com o atendimento especializado do Editorial Braille, tomando conhecimento do sistema braille para a escrita da música, chamado de "musicografia braille".
“O aluno [Matheus] já era dotado de uma aguda percepção, memória e boa coordenação na bateria, embora, até então, só aprendesse ‘de ouvido’. Apesar do talento, ele precisava aprender partitura musical. Como tinha um cadastro com a biblioteca da Fundação, ele recebeu a doação de seu método de bateria em musicografia braille”, comenta Jonathan Franco, profissional de musicografia braille da Fundação Dorina Nowill.
Assim como Matheus, outras pessoas com deficiência visual podem ter acesso a materiais escritos em braille. Basta entrar em contato com a biblioteca da fundação pelos telefones (11) 5087-0991 ou (11) 5087-0990, fazer um cadastro gratuito e solicitar a doação do material transcrito em musicografia braille.
Atualmente, o acervo de musicografia braille da fundação conta com 356 títulos de música. Entre os livros completos estão os gêneros de teoria musical e harmonia, repertório dos clássicos de Bach, Mozart, Beethoven, Chopin, Liszt, Villa-Lobos e demais métodos para piano, violino, violão, sanfona, cavaquinho, canto, entre outros.
Fonte: G1

Mané Garrincha, o anjo das pernas tortas

by Ricardo Shimosakai
A distrofia física de Garrincha o diferenciava não só dos demais garotos, mas também fez com o que o futuro jogador criasse um dom com a perna direitaA distrofia física de Garrincha o diferenciava não só dos demais garotos, mas também fez com o que o futuro jogador criasse um dom com a perna direita
Manuel dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente Garrincha (Magé, 28 de outubro de 1933 — Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1983) foi um futebolista brasileiro que se notabilizou por seus dribles desconcertantes apesar do fato de ter suas pernas tortas. É considerado por muitos o maior jogador de futebol de todos os tempos e o mais célebre ponta-direita da história do futebol. No auge de sua carreira, passou a assinar Manuel dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou. Garrincha também é amplamente considerado como o maior driblador da história do futebol.
Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas", foi um dos principais jogadores das conquistas da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do time brasileiro. Morreu em 1983, aos 49 anos, em decorrência do alcoolismo.
De origem humilde, com quinze irmãos na família, Manuel dos Santos era natural de Pau Grande, um distrito de Magé, no estado do Rio de Janeiro. Sua irmã o teria apelidado de Garrincha, fazendo uma associação com o pássaro de mesmo nome, muito comum na região
Uma das características marcantes que envolvem a figura de Garrincha relaciona-se a uma distrofia física: as pernas tortas. Sua perna direita, seis centímetros mais curta que a esquerda, era flexionada para o lado esquerdo, e a perna esquerda apresentava o mesmo desenho. Ambas as pernas eram, pois, tortas para o seu lado esquerdo. Garrincha era destro. Afirma Ruy Castro em seu livro que já teria nascido assim, mas há vários depoimentos no sentido que tal característica tenha sido sequela de uma poliomielite
Com quatorze anos de idade, começou a jogar amadoramente no Esporte Clube Pau Grande e seu talento, já manifestado, despertou a atenção de Arati: um ex-jogador do Botafogo. Não se sabe com certeza quem o levou a fazer um teste no Botafogo, mas nos minutos iniciais do primeiro treino, ele teria dado vários dribles em Nílton Santos, o qual já era um renomado jogador.
Fonte: Wikipedia

Posted: 21 Dec 2015 03:32 PM PST


Dieta low carb como tratamento para esquizofrenia


Título original do MedicalDaily:
Artigo publicado em 19/12/2015
Autora: Jaleesa Baulkman

Ketogenic Diet May Help Patients Manage Schizophrenia: How High Fat, Low Carb Foods Improve Mental Health


Uma dieta especifica para perda de peso e praticada por fisiculturistas poderia ser eficaz no tratamento da esquizofrenia, de acordo com pesquisa publicada na revista Schizophrenia Research.

Novos estudos apontam que dietas ricas
em gordura e com pouco carboidrato
 podem ser úteis no tratamento
da esquizofrenia
Pesquisadores da James Cook University, na Austrália, descobriram que uma dieta cetogênica - rica em gordura, e pobre em hidratos de carbono - ajudou a reduzir os comportamentos que se assemelham a uma desordem cerebral crônica em camundongos. Eles acreditam que essa dieta especial, que foi projetado pela primeira vez na década de 1920 para tratar a epilepsia, anterior aos medicamentos anti-convulsão que foram introduzidos na década de 1940, pode fornecer fontes alternativas de energia através de corpos cetônicos, ou produtos da queima de gordura. A ideia é que o cérebro usaria estas fontes alternativas, ao invés das "rotas de energia para funcionamento anormal  celular nos cérebros de esquizofrênicos."

"A maior parte da energia de uma pessoa viria de gordura. Então a dieta consistiria de manteiga, queijo, salmão ...", disse o pesquisador Dr. Zolan Sarnyai num comunicado para imprensa. "Inicialmente, seja utilizado para além da medicação em um paciente em ambiente onde a dieta desse paciente possa ser controlada."

Para o estudo, Sarnyai e sua equipe alimentou ratos com uma dieta cetogênica por três semanas e mediram sua hiperatividade psicomotora e comportamento, bem como os seus défices de memória e isolamento social. Eles compararam estes resultados com um grupo de ratos controle que está sendo alimentado com uma dieta normal, verificando que os ratos sob dieta cetogênica pesavam menos e tinham níveis mais baixos de glicose no sangue do que os camundongos que serviam como controle.

A esquizofrenia é um transtorno mental crônico que afeta cerca de 0,5 a 1 por cento da população mundial, de acordo com osCentros para Controle e Prevenção de Doenças . Os sintomas da doença incluem alucinações, delírios, retraimento social e comportamento imprevisível. Medicamentos usados ​​para tratar esse incapacitante distúrbio cerebral podem levar ao ganho de peso, e existe os efeitos adversos sobre a mobilidade do esquizofrênico, os distúrbios de movimentos, e as doenças cardiovasculares. Assim, estes resultados podem ser um grande passo a frente para aliviar estes efeitos secundários para os doentes.

"É uma outra vantagem que ele trabalha contra o ganho de peso, os problemas cardiovasculares e diabetes tipo II (DM2), que vemos como efeitos colaterais comuns dos fármacos administrados para controlar a esquizofrenia", acrescentou Sarnyai.

Embora mais estudos utilizando outros modelos animais sejam necessários para confirmar suas descobertas, os pesquisadores explicam que seus resultados até agora, estão entre os primeiros a sugerir que uma dieta cetogênica pode ajudar a normalizar comportamentos patológicos em um modelo animal de esquizofrenia. Eles sugerem que a dieta "pode exercer a sua influência benéfica através dos vários mecanismos acima para normalizar os processos fisiopatológicos subjacentes" e tem o potencial de ser "rapidamente traduzido como um novo, seguro e eficaz modelo de controle" da desordem mental em seres humanos.

Fonte: Source: Sarnyai Z et al. Ketogenic diet reverses behavioral abnormalities in an acute NMDA receptor hypofunction model of schizophrenia. Schizophrenia Research. 2015

LINK do original AQUI
FONTE : 

Low Carb - Reflexões sobre saúde e alimentação

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Brasileiros estão mais felizes na terceira idade

Paloma Lopes, especial para o iG
Foi-se o tempo em que envelhecer era sinônimo de melancolia e solidão. Quem ainda acredita que a terceira idade está restrita a cadeiras de balanço, agulhas de tricô e partidas de gamão não conhece a vida do idoso contemporâneo. Uma pesquisa divulgada este mês pelo Programa de Novas Dinâmicas do Envelhecimento aponta que os brasileiros estão mais felizes quando chegam na terceira idade. Segundo o estudo, realizado por pesquisadores ingleses entre os anos de 2002 e 2008, a maioria dos idosos brasileiros se considera “satisfeita” ou “muito satisfeita” com suas condições de vida, com o respeito que recebem dos familiares e com o relacionamento mantido com outras pessoas. 

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados do Censo Demográfico 2010 apontam que a população idosa no País cresce, enquanto diminui o número de jovens com até 25 anos. E esse crescimento parece mesmo ser uma tendência. Uma pesquisa do Banco Mundial prevê que em 2050 o número de brasileiros com mais de 65 anos deve saltar dos atuais 20 milhões para 65 milhões - ou seja, será três vezes maior. "Hoje estamos envelhecendo cada vez mais e melhor. Isso se deve a diversos fatores, como melhoria da qualidade de vida e avanço da medicina", destaca Rita Khater, professora de Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas. 

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Segundo ela, há alguns anos a representação social do idoso era a do dependente, inválido ou mesmo inútil. "Ainda existe muito preconceito com relação à velhice, mas estamos evoluindo. Isso porque o crescimento da população idosa é significativo e, naturalmente, a sociedade vai sendo obrigada a se transformar para quebrar esses paradigmas", afirma a professora.
Existir x produzir 
A psicóloga Isabella Quadros, mestranda em Gerontologia Social pela PUC-SP, explica que a visão negativa do idoso está intimamente ligada ao capitalismo. "Em uma sociedade cujo modelo econômico gira em torno do capital, o seu significado está atrelado ao que você produz. Quando você se aposenta, teoricamente deixa de produzir e, consequentemente, perde sua função no mundo. Por isso durante tanto tempo a aposentadoria foi encarada como uma espécie de sentença de morte", diz.
Isabella ressalta, no entanto, que com o aumento da expectativa de vida, as pessoas passaram a se deparar com um futuro pós-aposentadoria de 20 ou 30 anos. "Isso é uma grande novidade: a pirâmide se inverteu. Se antes o número de jovens era superior ao de idosos, hoje temos um crescimento muito maior de pessoas na terceira idade", observa. De acordo com a professora Rita Khater, antes as pessoas se aposentavam da vida e hoje se aposentam somente do trabalho.
É por isso que grande parte dos idosos, quando se aposenta, parte para a realização de projetos de vida. Viagens, cursos e a prática de esportes são apenas alguns exemplos de atividades comumente escolhidas pelos mais velhos. "Quando se sentem livres das obrigações formais, as pessoas tendem a olhar mais para si mesmas e a fazer o que realmente querem. Muitos idosos vivenciam a aposentadoria como um renascimento; uma possibilidade de ter novas experiências e realizar antigos sonhos", diz Maria Cristina Dal Rio, professora do curso de Aperfeiçoamento em Gerontologia do Instituto Sedes Sapientiae.
É o caso de Jacy de Arruda Faccioni, de 93 anos, que desde menina sonhava em ser professora. "Vim de um regime bastante rígido e acabei me diplomando em contabilidade porque minha mãe não queria que eu fosse professora. Mas não desisti do meu sonho, e com 66 anos fui fazer Magistério", conta ela, que participa de diversas atividades para idosos oferecidas pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) de Campinas, no interior de São Paulo.
A simpática senhorinha canta, dança, atua, escreve poemas, não abre mão de uma boa taça de vinho tinto e diz que jamais sai de casa sem maquiagem. "Sou muito vaidosa e independente. Faço minhas atividades no Sesc semanalmente. Frequento bailes da terceira idade, vou ao shopping com minhas amigas, lavo minha própria roupa. Sempre fui independente e sempre quero ser. Claro que a idade traz algumas limitações, mas sou da seguinte teoria: tudo na vida tem solução", ensina Jacy. O segredo para uma velhice feliz? "Não guardar mágoas e ressentimentos. Isso judia muito do coração". E completa: "Ainda hoje a vida me encanta, me fascina."

Uma vida ativa também está associada ao bem-estar dos idosos. Professor de Educação Física e formado em Gerontologia, Benedito Saga trabalha com grupos da terceira idade há pelo menos 25 anos e enxerga uma evolução significativa na vida dos idosos. “Na década de 70 existia muita dificuldade em trazer os idosos para integrar grupos de atividades culturais e físicas. Eles tinham vergonha até de mostrar as pernas usando bermuda. O avanço veio na década de 80, quando a preocupação com a saúde e o bem-estar foi ampliada no Brasil”, diz. O professor observa que as atividades em grupo são essenciais para que os idosos se sintam mais felizes e ativos. 

"Rainha da Terceira Idade" 
Com os cabelos claros, bem cortados, unhas feitas, brincos de pedras e batom, Dolores Fernandes anda sempre impecável. Faz atividade física diariamente, canta em um coral, viaja bastante e já está de malas prontas para realizar o seu sonho: conhecer a Itália. Lola, como prefere ser chamada pelas amigas, há um mês resolveu fazer algo inédito em sua vida: morar sozinha. Essa história parece comum, comparada facilmente a de centenas de mulheres no Brasil. A diferença, neste caso, é que Lola vive bem e mais feliz do que nunca aos 81 anos de idade. 

O segredo de tanta vitalidade, felicidade e da aparência jovem, segundo Lola, é interagir, praticar atividade física, viajar e, principalmente, ter amigos. “Trabalhei a vida toda. Fui comerciante. Quando era jovem eu tinha muitas preocupações, como bancar o ensino dos meus filhos, por exemplo. Hoje o tempo que eu tenho é meu", explica. 

A história dela é semelhante a de Maria Augusta Assis. Cantora por natureza e hoje aos 74 anos, a aposentada mora sozinha e, de tão animada, ganhou o título de "Rainha da Terceira Idade". “Adoro meus amigos e sempre que posso estou com eles. Sou tão ativa que não consigo ficar quieta", conta. Nem a eventual falta de sono à noite a perturba. "Tenho um aparelho de videoke em casa e sempre que tenho insônia, começo a cantar. É um ótimo remédio", ensina. 

Continue lendo: 
Redes sociais ajudam idosos a manter mente ativa 
A fonte da velhice 
http://delas.ig.com.br/comportamento/brasileiros-estao-mais-felizes-na-terceira-idade/n1597305480081.html
NOTÍCIAS » Notícias

Por que o uso de antibióticos na criação de animais ameaça a saúde humana

Fazendeiros e criadores precisam cortar drasticamente o uso de antibióticos em seus cultivos e criações de animais, porque essa atividade está se tornando uma ameaça à saúde humana, segundo um relatório publicado no periódicoReview on Antimicrobial Resistance.
A reportagem é James Gallagher, publicada por BBC Brasil, 09-12-2015. 
O uso abusivo destas substâncias tem feito com que algumas doenças sejam atualmente quase impossíveis de serem combatidas.
Mais da metade dos antibióticos no mundo são usados em animais, muitas vezes para fazer com que cresçam mais rápido.
O relatório científico ainda indica novos parâmetros para o uso de antibióticos em animais.
A administração excessiva destes medicamentos na criação de animais ganharam novo destaque no mês passado, quando, na China, pesquisadores advertiram que estamos à beira de uma "era pós-antibióticos".
Os cientistas descobriram uma bactéria resistente à colistina, antibiótico usado quando outros meios usualmente empregados para combatê-la haviam falhado. Aparentemente, ela surgiu em animais criados por pecuaristas e também foi detectada em pacientes em hospitais.
Excesso
Em alguns casos, antibióticos são usados para tratar infecções em animais doentes, mas a maioria é usada de forma profilática em animais saudáveis para prevenir infecções ou aumentar seu ganho de peso -- uma prática controversa e mais comum em criações intensivas.
A expectativa é de que o consumo de antibióticos no mundo aumente 67% até 2030. Só nos Estados Unidos, são usadas anualmente 3,4 mil toneladas destas substâncias em pacientes e 8,9 mil toneladas em animais.
O economista Jim O'Neill, que liderou o estudo, disse que estes índices são "estarrecedores" e que 10 milhões de pessoas morrerão por causa de infecções resistentes a antibióticos em 2050 se esta tendência não for revertida.
O'Neill destaca em seu trabalho que a maioria das evidências científicas aponta para uma necessidade de redução do uso de antibióticos.
Ele indica que uma meta razoável para o uso de antibióticos pela agricultura seria de 50 mg para cada 1kg de animais -- um nível já colocado em prática por um dos principais países exportadores de carne de porco do mundo, a Dinamarca.
A título de comparação, os Estados Unidos usam quase 200 mg/kg e Chipre emprega mais de 400 mg/kg.
Custo
"Tenho certeza que muitos criadores pensarão 'Bem, se temos que fazer isso, significa que o preço cobrado pelo que produzimos aumentará e não conseguiremos mais concorrer no mercado", disse O'Neill à BBC.
"O exemplo dinamarquês mostra que, após um custo de transição inicial, a longo prazo, os preços não foram afetados, e a Dinamarca manteve sua participação de mercado."
Antibióticos são mais úteis em criações com instalações com muitos animais e sujas, onde as infecções se espalham mais facilmente, então, locais mais espaçosos e higiênicos são uma forma de reduzir a necessidade de aplicar estas substâncias.
O relatório também recomenda um maior investimento na pesquisa de vacinas e testes para diagnosticar infecções específicas e afirma que países deveriam adotar uma lista de antibióticos que nunca deveriam ser usados em animais por causa de sua importância no tratamento de humanos.
Jianzhong Shen, da Universidade Agrícola da China e um dos descobridores da resistência à colistina, diz que "todos os países do mundo deveriam usar antibióticos na criação de animais de forma mais prudente e racional".
"Agora é a hora de haver uma reação global para restringir ou proibir o uso de antibióticos para acelerar o crescimento ou prevenir doenças."

PARA LER MAIS:


  • 14/10/2014 - Pequenas e invencíveis
  • 12/04/2014 - Superbactérias: os riscos de uma crise global
  • http://www.ihu.unisinos.br/noticias/550035-por-que-o-uso-de-antibioticos-na-criacao-de-animais-ameaca-a-saude-humana

  • Exercícios físicos podem reduzir riscos do Alzheimer, aponta estudo

    • 20/12/2015 10h22
    • São Paulo
    Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil
    Uma pesquisa desenvolvida em Rio Claro, no interior paulista, comprovou que, ao sair do sedentarismo, um grupo de idosos conseguiu reduzir sintomas característicos de uma predisposição ao Alzheimer, doença degenerativa que afeta os neurônios e leva à demência. A constatação está na tese de doutorado de Carla Manuela Crispim Nascimento, formada em educação física, trabalho conjunto da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
    “A nossa ideia foi a de trabalhar com uma terapia não farmacológica que auxiliasse na prevenção da doença porque, uma vez diagnosticado, [o Alzheimer] não tem mais o que fazer já que a evolução [do mal] é contínua”, explicou a pesquisadora. Ela recomenda que as pessoas observem sempre se episódios de déficit de atenção estão atrapalhando atividades diárias e, caso esse problema cresça de forma a prejudicar o dia a dia, o ideal é procurar auxílio médico, como um neuropsiquiatra.
    Idosos, terceira idade, idoso
    Estudo acompanhou 300 idosos que não tinham o hábito de praticar exercícios físicos e apresentavam comprometimento cognitivo leve Marcello Casal Jr/Agência Brasil
    Entre 2010 e 2013, Carla e mais cinco pesquisadores atuaram no projeto “A influência de marcadores genéticos específicos sobre os efeitos do exercício físico na inflamação e no neurotrofismo em idosos com comprometimento cognitivo leve”, que selecionou 300 pessoas, com idade entre 60 e 75 anos, que não tinham o hábito de praticar exercícios físicos e apresentavam quadro clínico de comprometimento cognitivo leve.
    Nessa condição, a pessoa manifesta alguma dificuldade de memória, mas sem grande impacto na rotina diária. De acordo com a pesquisadora, essa perda está relacionada ao desenvolvimento de placas amilóides, que são cadeias de proteínas levadas ao cérebro pela corrente sanguínea. “Ao aderir ao tecido neural, essas placas ocupam o lugar das células saudáveis, impedem a chegada de oxigênio e interrompem a função dos nerônios”, explicou.
    Os pesquisadores observaram que os processos inflamatórios comuns em quem se encontra nesse estágio, bem como a perda de memória, entre outras deficiências cognitivas, tiveram sensível melhora após uma dinâmica de quatro meses de exercícios físicos. As atividades foram aplicadas três vezes por semana com duração de uma hora em cada um dos dias.
    “O trabalho mostra que a atividade física estimula respostas biológicas do sistema nervoso que podem conferir maior resiliência contra as perdas que ocorrem em função da idade e da presença da patologia da doença de Alzheimer”, concluiu Orestes Vicente Forlenza, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pesquisador no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.
    No entanto, Forlenza adverte que não se pode afirmar que será possível evitar o Alzheimer por meio da atividade física, mas observa que o exercício pode sim “fortalecer o indivíduo e melhorar sua sobrevida funcional diante da doença”.
    Testes
    O pesquisador relata que, antes e depois da intervenção com a prática de exercícios físicos, os idosos foram submetidos a testes para medir as concentrações de neurotrofinas e citocinas (mediadores pró e anti-inflamatórios). “Clinicamente, os pacientes são submetidos a testes cognitivos (que medem memória, atenção, capacidade visuo-espacial, de abstração, etc) e ao exame neuropsiquiátrico”, explicou.
    Segundo Forlenza, o comprometimento cognitivo leve “é uma situação de risco para a demência, particularmente o Alzheimer, mas não é sinônimo da doença em estágio incipiente”. A identificação do Alzheimer é feita por meio de métodos bioquímicos, entre os quais pela análise do liquor e de imagens cerebrais.
    Anualmente, de acordo com o especialista, 10% dos pacientes que apresentam esse quadro acabam atingindo um grau de demência, mas uma proporção significativa não apresenta evolução para o Alzheimer, já que “os sintomas podem ter várias causas distintas, algumas delas reversíveis, como a depressão e os distúrbios metabólicos”.
    O estudo já foi apresentado em dois congressos fora do Brasil – nos Estados Unidos e na França – e publicada em duas revistas estrangeiras.
    Edição: Luana Lourenço
    http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-12/exercicios-fisicos-podem-reduzir-riscos-do-alzheimer-aponta-estudo

    ONG russa adota pintura para tratar crianças com deficiência

    by Ricardo Shimosakai
    Baía, pintada pelo aluno Filipp Rissukhin. Obras são exibidas em exposições regulares e até adornam catedrais ortodoxas na Europa."Baía", pintada pelo aluno Filipp Rissukhin. Obras são exibidas em exposições regulares e até adornam catedrais ortodoxas na Europa.
    Um homem de idade avançada e quase calvo caminha pelo corredor repleto de quadros. Diante de cada um deles, ele para e comenta. “Este aqui foi pintado por Filip Rissukhin, um rapaz muito talentoso. Tinha um tipo de diabetes, tomava seis injeções por dia. E este aqui é de Micha Manukian, que tem oligofrenia” diz e, na sequência, volta a andar.
    Rissukhin, Manukian e muitas outras crianças são alunos ou ex-alunos da Academia INVA, fundada e administrada por Nikolai Galkin, que orgulhosamente apresenta as obras de seus discípulos.
    “As crianças com deficiência mental são desprovidas do sentido da forma, mas Micha é exceção. Veja como ele consegue transmitir a forma de modo brilhante”, acrescenta.
    A academia foi iniciada por Galkin e sua esposa ainda em 1992, quando criaram um pequeno estúdio infantil em Krasnodar, a mais de 1.300 km de Moscou. “Na época nem imaginávamos que iríamos trabalhar com pessoas com deficiência”, conta.
    Depois de uma experiência inicial bem-sucedida, a procura entre crianças com as mesmas necessidades foi aumentando até que o estúdio de Galkin passou a trabalhar somente com as pessoas com deficiência e passou a ser conhecido como Academia INVA. A meta então era integrar crianças com deficiências à vida social por meio da pintura, sobretudo de ícones.
    Galkin (esq.) já realizou mais de mil exposições com obras produzidas na academiaGalkin (esq.) já realizou mais de mil exposições com obras produzidas na academia
    Além de crianças com deficiência mental, passaram a ser atendidas também as com deficiências físicas, diferentes síndromes ou doenças internas graves.
    Ao longo dos 23 anos de funcionamento, já foram cerca de mil exposições com obras de alunos, que continuam sendo supervisionados pela organização mesmo após deixarem a academia. Alguns também recebem ajuda para ingressar em institutos de arte profissionais.
    A INVA mantém ainda parceria com organizações internacionais que se ocupam da reabilitação de pessoas com deficiência. Os ícones pintados na INVA já adornam igrejas ortodoxas em Turku, Bruxelas e Los Angeles.
    Fonte: Gazeta Russa

    sábado, 19 de dezembro de 2015

    SEMPRE ESCUTO O MEU CORAÇÃO. ATÉ HOJE DEU CERTO!

       Em 2010, em um acidente de trabalho, dois cilindros metálicos de uma máquina esmagaram meu dedo indicador da mão direita. Eu tinha quase dezenove anos, meu nome é Wesley. Foi necessária a amputação. Quando fui liberado pelo hospital era sábado, e eu quis participar da apresentação de dança de rua de meu grupo, como sempre fiz.
       Escolhi ser então durante dois anos de minha vida um voluntário mórmon. Fui designado para a região de Brasília e Tocantins. É tempo longe de família, estudo e emprego formal. Para mim foi oportuno, ficou claro que minha maior vocação era trabalhar com pessoas. Em consequência mudei de curso universitário – da área de informática para a de gestão de pessoas.
       Minha “deficiência” criou oportunidade de frequentar curso voltado para este segmento. Era turma muito unida! Pude desenvolver um projeto extra com uma colega sobre economia de água, que já foi apresentado em nossa escola, para empresários de nossa cidade e de Jundiaí, e para o nosso DAE. Já terminei o curso, mas o projeto continua vivo, em andamento – conheci tantas pessoas!
       Agora, com vinte e quatro anos, volto mais facilmente para o mercado de trabalho. Encontrei oportunidade em grande empresa multinacional.
       Em outubro do ano passado decidi viajar em uma noite para Atibaia, para rever moça que havia conhecido antes de ser um voluntário.
       Senti vontade fortíssima de pedir sua mão em casamento, e ela aceitou. Sua mãe permitiu viagem no mesmo dia para apresentar minha noiva para minha família.
       Casamos dois meses depois. E ambos sabemos hoje que foi uma escolha mútua muito correta!

    “O segredo da felicidade está na liberdade. O segredo da liberdade está na coragem. ” – Péricles.

    Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com.
    Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.